Eduardo Souto de Moura: "As gerações novas vão ter que emigrar"

Souto de Moura, segundo arquiteto português a ser laureado com o Prêmio Pritzker de Arquitetura, dispensa apresentações. Em entrevista ao site português Diário Imobiliário, o arquiteto discute o estado atual da arquitetura em Portugal, abordando tópicos que vão desde a situação profissional para a nova geração de arquitetos até a recuperação dos centros urbanos.

"A arquitetura que eu estudei, que comecei a praticar com os arquitetos, os meus professores… acabou. [...] Existiam determinadas condições que se alteraram. Portanto aquilo a que eu chamava arquitetura em que fui formado, hoje é impossível de fazê-la porque não há tempo nem dinheiro para a fazer dessa maneira e mesmo que houvesse, não há operários, não há artesanato, muitos dos nossos profissionais saíram do país", comenta o arquiteto.

Advogando em favor da pluralidade da cidade, Souto de Moura refuta a ideia de que os projetos de recuperação de centros urbanos sejam iniciativas voltadas a um público único, de classe média-alta, afirmando que "o que é bonito na cidade é a diversidade de estilos, épocas e de pessoas. Eu não estou a falar entre os ricos e os pobres. Gente nova, terceira idade, classe média, média-alta e média-baixa, com culturas diferentes e quando se cruza isso dá exatamente esse pulsar que é o espírito urbano e isso é que é interessante."

Leia a entrevista completa na página do Diário Imobiliário.

Sobre este autor
Cita: Romullo Baratto. "Eduardo Souto de Moura: "As gerações novas vão ter que emigrar"" 07 Nov 2016. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/798593/eduardo-souto-de-moura-as-geracoes-novas-vao-ter-que-emigrar> ISSN 0719-8906

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