Souto de Moura, segundo arquiteto português a ser laureado com o Prêmio Pritzker de Arquitetura, dispensa apresentações. Em entrevista ao site português Diário Imobiliário, o arquiteto discute o estado atual da arquitetura em Portugal, abordando tópicos que vão desde a situação profissional para a nova geração de arquitetos até a recuperação dos centros urbanos.
"A arquitetura que eu estudei, que comecei a praticar com os arquitetos, os meus professores… acabou. [...] Existiam determinadas condições que se alteraram. Portanto aquilo a que eu chamava arquitetura em que fui formado, hoje é impossível de fazê-la porque não há tempo nem dinheiro para a fazer dessa maneira e mesmo que houvesse, não há operários, não há artesanato, muitos dos nossos profissionais saíram do país", comenta o arquiteto.
Advogando em favor da pluralidade da cidade, Souto de Moura refuta a ideia de que os projetos de recuperação de centros urbanos sejam iniciativas voltadas a um público único, de classe média-alta, afirmando que "o que é bonito na cidade é a diversidade de estilos, épocas e de pessoas. Eu não estou a falar entre os ricos e os pobres. Gente nova, terceira idade, classe média, média-alta e média-baixa, com culturas diferentes e quando se cruza isso dá exatamente esse pulsar que é o espírito urbano e isso é que é interessante."
Leia a entrevista completa na página do Diário Imobiliário.